Nem toda a gente ia ao Baile nos anos 40. O Centro tinha nos Estatutos que mulheres sem vergonha não podiam entrar. Ficava na rua da loja do Armadilha.
O meu pai foi diretor do Centro muitos anos. Ia muitas noites ao Centro.
Eu ia aos bailes porque o meu pai era sócio. Foi lá que conheci o meu marido no Baile da Pinhata.
Nos Bailes da Pinhata põe-se uma pinha muito grande com amêndoas e fitas. As pessoas iam andando e segurando as fitas e a pinha ia abrindo.
No meio da dança chamavam e diziam “agora leve essa senhora à sala e ofereça-lhe um chá”. Depois voltávamos para o baile.
Rua Francisco Luís Lopes, 76, Sines, Portugal